(Imagem: Reprodução Uol)
A língua portuguesa é uma das quatro que o Zimbábue (Zimbabué) quer tornar obrigatória nas escolas oficiais, junto com o francês, o chinês e o swahili. A introdução das quatro línguas faz parte de uma reforma curricular mais vasta que ainda não foi aprovada e que inclui também o ensino de agricultura e de temas de ciência pura.
O país tem três línguas oficiais – o shona, o ndebele e o inglês, usado habitualmente nos negócios – e 13 outras línguas minoritárias.
Os planos do Governo do Zimbábue estão a gerar fortes críticas entre os docentes.
– É alucinante -, declarou em entrevista um dirigente de uma associação de professores do ensino superior, David Dzatsunga, que se questiona onde irá o Estado buscar pessoal para ensinar as quatro línguas e dinheiro para lhes pagar.
Acusado de ter arruinado o país na década passada, o presidente do Zimbábue, Robert Mugabes, sempre foi elogiado pela sua política educativa, que permitiu que mais crianças pudessem ter acesso à escola, informou o Observatório da Língua Portuguesa.