(Imagem: Divulgação)
Já pensou um jogo de videogame que permita a experiência de entrar na história, nos mitos e nos contos de um povo indígena? Este é o projeto Huni Kuin – os caminhos da jiboia, desenvolvido pelo pesquisador e antropólogo Guilherme Meneses com 30 integrantes do grupo Kaxinawá, que tem a maior população indígena do Acre. São 7.500 habitantes de acordo com a Fundação Nacional da Saúde (Funasa).
Gameplay Huni Kuin: Yube Baitana (os caminhos da jibóia) from Beya Xinã Bena on Vimeo.
O objetivo do game, que terá distribuição gratuita, é que o jogador se torne num Huni Kuin, uma “pessoa verdadeira”, na língua dos Kaxinawá. São cinco fases, cada uma com uma história tradicional e um segredo desse povo que aos poucos o jogador vai descobrindo.
Guilherme Meneses contou em entrevista à Radioagência Nacional que a ideia surgiu em 2012. O antropólogo conta que realizou uma pesquisa inicial por seis meses, depois encontrou os índios da tribo Huni Kuin em São Paulo (SP), até chegar na aldeia. Uma parte do trabalho foi feita na aldeia e outra no estúdio em São Paulo.
– Eu trabalho com eles ja há pelo menos três anos. O jogo foi construído coletivamente com os indígenas, eles decidiram quais seriam as histórias trabalhadas e fizeram a dublagem das personagens – explica.
Videogame Huni Kuin: os caminhos da jiboia from Beya Xinã Bena on Vimeo.
A intenção é que o jogo possa circular e atingir muitas pessoas pelo país e, assim, ser uma nova forma de conhecer a cultura indígena. A previsão é que o jogo seja lançado no início de 2016. Ate lá, é possível acompanhar o desenvolvimento na página oficial do game.