UMinho cria técnica para extrair pedras dos rins em dois minutos
(Imagem: Quito sometimes Marcos via Compfight cc)
Uma equipa liderada pela Universidade do Minho (UMinho) criou uma tecnologia que permite extrair pedras dos rins em apenas um ou dois minutos, dispensando ainda o uso de radiação.
Em um comunicado oficial, foi divulgado que a técnica consiste na utilização de um campo eletromagnético para navegar com segurança uma agulha para punção do rim.
Apesar de ser um problema frequente (afeta uma em cada 200 pessoas, sobretudo os homens), a remoção de pedras nos rins demora atualmente duas horas e, segundo Estêvão Lima, professor da Escola de Ciências da Saúde da UMinho, “depende muito quer da experiência do cirurgião quer do uso de radioscopia, que pode ter consequências sérias de radiação no doente e no cirurgião“.
Na prática, uma agulha de 20 centímetros é introduzida na zona lombar do paciente, abrindo caminho aos instrumentos cirúrgicos para a remoção.
– Mas a técnica que agora criamos é mais rápida, menos invasiva e permite ver na tela do computador a rota que a agulha deve seguir – , resume Estêvão Lima, também cientista do Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde e diretor do serviço de Urologia do Hospital de Braga.
O novo processo, que demora em média um a dois minutos, aumenta a segurança dos procedimentos e facilita a tarefa a médicos menos experientes.
Desenvolvido em parceria com o Instituto Politécnico do Cávado e do Ave, o projeto já foi testado em animais e aguarda o certificado para futuros testes em pessoas. Espera-se que o primeiro produto seja patenteado e chegue às salas de operações a partir de 2016.
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