(Imagem: Reprodução Blog Universo Universal)

A polémica está lançada na sociedade brasileira desde que a Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) anunciou na sua página oficial no facebook o projeto Gladiadores do Altar.

O projeto passa pela formação de um exército de fiéis, treinados com disciplina militar pela própria Igreja, para prosseguir os fins da cristandade, que, naturalmente, serão bondosos e pacíficos, pelo que os líderes do movimento religioso estranham as reações negativas e as críticas de que estão a ser alvo.

A Igreja Universal do Reino de Deus afirma que o projeto visa apenas “resgatar jovens de todas as idades em situação de risco e prepará-los para servir exclusivamente ao Senhor” e frisa que a participação no projeto é “opcional para aqueles que querem levar o evangelho deixado por Cristo há milhares de anos, em cumprimento ao que vem escrito na Bíblia em Marcos 16:15: ‘Ide e pregai o evangelho a toda criatura’“. A instituição religiosa diz ainda que ao invés de praticar a intolerância “o projeto realiza reuniões semanais com os rapazes que estão dispostos a abrir mão de suas vidas para que outras pessoas sejam ajudadas”.

A verdade é que um grupo de jovens, uniformizados, em parada militar, que se apresenta como um exército, fala em uníssono e faz saudações como forma de saudação ao seu líder (um bispo da IURD), remete facilmente para outros cenários históricos, que nada têm que ver com o espírito cristão da divulgação da Palavra do Senhor.

Várias pessoas têm questionado se não estaríamos no primeiro passo da instauração de uma ditadura evangélica, ainda que a nível moral e têm, inclusivamente, comparado o projeto ao que está a ser levado a cabo pelo Estado Islâmico no Médio Oriente.