Amazónia e tribo indígena brasileira inspiram a criação de uma galeria de arte a céu aberto
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A floresta amazónica é sinónimo de diversidade; é um bioma repleto de energia; um símbolo de riqueza inestimável. Desta forma, não é de se estranhar que sirva de inspiração artística. Perseguindo esse respiro poético, principalmente devido à sua beleza e dimensão incomparáveis, o artista francês Philippe Echaroux encontrou a musa perfeita neste grandioso palco natural, que serviu de impressão para a criação de uma galeria de arte a céu aberto. Nesta, em vez de pinturas, esculturas ou artifícios abstratos, foram expostas projeções luminosas que culminaram na conceção da Street Art 2.0 (“Arte de Rua 2.0”).
O artista francófono escolheu projetar a floresta amazónica e a tribo indígena brasileira Suruí em todo o tipo de superfícies e paisagens, com o intuito de passar uma mensagem contra o desmatamento ilegal. Além disso, quis dar protagonismo e voz às comunidades nativas que a habitam e que sofrem, diariamente, com a devastação cruel do amplo património natural.
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Almir Narayamoga Suruí, líder da tribo que lhe dá nome, estava encarregado de passar uma mensagem sobre a importância da preservação da Amazónia, a convite do governo brasileiro. Desta forma, ao conhecer o trabalho do artista e ativista francês, resolveu abrir-lhe as portas dos rostos Suruí e depositar fé e esperança no seu cunho artístico. Consequentemente, Philippe Echaroux registou em fotografia os membros da tribo em questão — natural dos estados brasileiros de Rondônia e Mato Grosso — e o projeto começou a ganhar forma.
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O trabalho foi todo realizado em luz, culminando em projeções que demonstram a conexão profunda que existe entre a natureza e os seus habitantes. No Street Art 2.0, os Suruí ganham a cor e a textura das árvores densas da Amazónia. Espelham, através dos seus rostos, as verdadeiras feições da natureza sem artifícios, deixando visível a profunda necessidade de preservação.
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É importante realçar que a comunidade indígena Suruí é vítima da constante exploração madeireira ilegal e de garimpos. Esta gananciosa exploração dos recursos naturais da floresta amazónica colocam em risco a sua e a subsistência daquele que é considerado um dos maiores berços de biodiversidade do planeta.
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Esta espécie de galeria de arte a céu aberto foi compilada na exposição The Crying Forest (“A Floresta que Chora”). Este trabalho foi alvo de inúmeras críticas positivas e esteve patente em diversas galerias de arte. Para o deixarmos familiarizado com toda a sua mágica produção, deixamos-lhe um vídeo detalhado. Garantimos-lhe que será amor à primeira análise.
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