(Imagem: Reprodução cielleppi)
O encontro do som da guitarra portuguesa com a inconfundível e inigualável voz de Amália Rodrigues já levou o fado a muitos cantos do mundo.
Durante os dois anos vivido em Lisboa para finalizar os estudos, a jovem italiana Claudia La Perna, com o nome artístico de Ciellepi, deixou-se encantar por esta música tradicional portuguesa. Inspirou-se e criou uma série de ilustrações dando o nome de E’ So’ Fado, que homenageia as canções da mais consagrada fadista portuguesa: Amália Rodrigues.
As ilustrações foram realizadas por meio digital e todas elas são desenhadas, utilizando símbolos como o mar, barcos de papel e corações em estilo realista, a preto e branco sobre um fundo azul que remete imediatamente para a ligação do povo português com o mar.
– Amália vai direta ao coração, forte e simples. Com esta série quis transmitir nem que fosse apenas um vislumbre dessa emoção de forma crua”. Saudosismo e melancolia, como não podia deixar de ser, são as palavras de ordem tanto nas canções de Amália como nas ilustrações modernas da italiana Ciellepi. – disse a artista, em entrevista à revista Croco.
A Gaivota
Estes três versos foram escritos pelo poeta Alexandre O’Neill e falam sobre o desejo de conseguir amar e imaginar de forma ilimitada como o voo de uma gaivota. O poema foi destinado à voz de Amália em 1970.
Fado Português
O poema é um hino às tradições portuguesas mais antigas e únicas no mundo, homenageando os marinheiros. Foi escrito por José Régio e cantado por Amália em 1965.
Casa da Mariquinhas (Vou dar de beber à dor)
Escritos por Pedro Homem de Mello, os versos retratam a saudade dos momentos passados numa casa onde antes morava “Mariquinhas”, amiga do poeta, que foi transformada numa casa de penhores – estabelecimento onde as pessoas vão pedir dinheiro emprestado em troca de um objeto de valor.
Gondarém
Este fado conta a história trágica dos contrabandistas de Gondarém – freguesia localizada às margens do rio Minho.
Meu amor é marinheiro
Musicada por Alain Oulman, a letra é um poema escrito na prisão por Manuel Alegre, originalmente chamado “A Trova do Amor Lusíada”. Relata a história de um amor por um marinheiro e a impossibilidade de se “acorrentar um coração que nasceu livre”– como conta na música. Foi gravada com a voz de Amália em 1969.