Surfe pode desaparecer da praia portuguesa de Matosinhos
4 minMais um tradicional local de surfe está prestes a ser destruído em Portugal. A ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, anunciou o concurso para as obras de extensão do quebra-mar exterior em 300 metros e de aprofundamento do canal de entrada, anteporto e bacia de rotação do porto de Leixões. Em abril de 2018, um grupo de surfistas protestou contra o avanço desta obra, alertando que o prolongamento do molhe acabaria com as ondas da Praia de Matosinhos, que fica próxima da foz do rio Douro, na bela cidade do Porto. No entanto, a obra vai mesmo avançar.
Confrontada com o tema, a ministra não conseguiu dar uma resposta definitiva e garantir que o surfe continuará a ser praticado na Praia de Matosinhos, mas afirma que existirão medidas compensatórias para todos os que vivem da “economia do mar”. Para isso, afirma estarem destinados dois milhões de euros. Os negócios que tiverem que se mudar “serão ressarcidos de todas as despesas”.
Que futuro para a Praia de Matosinhos?
Se quiser ajudar, pode assinar a petição abaixo; só assim será possível levar o tema para discussão na Assembleia da República. Uma das objeções é o Estudo de Impacto Ambiental (EIA), que, apesar de aprovado pela Agência Portuguesa do Ambiente, se revela insuficiente no que diz respeito à qualidade da água, uma vez que não existe uma efetiva modelação ou previsão das consequências face às fontes de poluição identificadas pela própria investigação. Neste domínio, não cumpre as melhores práticas europeias.
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