Os países mais alienados do mundo em relação à sua própria realidade foram revelados em uma nova pesquisa, que mostra o quão errados todos nós podemos estar sobre o que acontece à nossa volta.
O estudo, denominado “Perils of Perception” (“perigos da percepção”, em tradução livre), mostra que muitas pessoas não têm conhecimento de fatos básicos sobre questões como a desigualdade, a imigração e a obesidade.
A pesquisa, realizada pela Ipsos MORI, utilizou os dados demográficos de cada um dos 33 países envolvidos no estudo e questionou as pessoas sobre eles. publicada seus últimos resultados esta semana. O país mais “inconsciente” foi o México, seguido pela Índia e pelo Brasil em segundo e terceiro lugar, respectivamente.
As origens multiculturais do país se refletem claramente na percepção dos brasileiros quando o assunto é imigração. No topo dos países que superestimaram este quesito, os resultados mostraram que os entrevistados pensam que um quarto (25%) da população brasileira é imigrante, quando na realidade, o valor é de 0,3%.
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Os brasileiros também superestimaram bastante os quesitos relacionados à idade da população: ao mesmo tempo que apontaram uma idade média da população 25 anos mais velha que a realidade (56 anos de idade, quando a média real é de 31 anos), o Brasil também lidera a lista de países que superestimaram os números quando o assunto é a percentagem da população com 14 anos ou menos (os entrevistados apontaram 39%, quando na verdade as crianças representam 24% da população).
Quando o assunto é igualdade de gênero na política, os brasileiros foram otimistas e superestimaram o número real em 8% (apontaram que 18% dos políticos brasileiros são mulheres quando na verdade o número é de 10%).
O Brasil foi um dos poucos países participantes que subestimou a quantidade de riqueza acumulada pelos 1% mais rico da população do país: a média dos entrevistados acredita que os mais ricos detêm 40% da riqueza do país, quando na verdade o número real é de 48%.
A obesidade também foi outra questão que os brasileiros têm uma percepção fora da realidade, para menos. Em média, os inquiridos pensam que apenas 47% das pessoas estão acima do peso no país, mas o número real é mais do que a metade: 56%.
Quando o assunto é religião, os entrevistados erraram feio. A média das respostas ficou 27% acima do real número de pessoas no país que não têm uma religião. Enquanto os inquiridos acreditam que 35% da população brasileira declara-se ateu, agnóstico, ou não se identifica com nenhuma religião, na verdade, os dados oficiais apontam para apenas 8%.