Conexão Lusófona

Saiba quais as barragens em risco no Brasil, segundo a ANA

Usina Hidrelétrica Risoleta Neves, em Minas Gerais, recebeu uma enxurrada de detritos da Samarco em novembro de 2015, depois do rompimento da barragem em Mariana. (Imagem: Reprodução Ascom Ibama)

Após o rompimento de duas barragens no estado de Minas Gerais – em Mariana e em Brumadinho – muitos perguntam-se a probabilidade de acontecer o mesmo em outros cantos do Brasil. Segundo relatório da Agência Nacional de Águas (ANA), com dados de 2017, as chances não são poucas.

 

Das 24.092 barragens registradas no país, 3.545 estão classificadas como Categoria de Risco – baseado em critérios técnicos, estado de conservação e Plano de Segurança – e 5.459 estão classificadas em relação ao Dano Potencial Associado – calculado em função do potencial de perdas de vidas humanas e dos impactos econômicos, sociais e ambientais em caso de rompimento. As duas características podem ser classificadas em baixo, médio ou alto risco.

 

Barragens em risco

De todas as barragens, 723 têm Categoria de Risco alto e Dano Potencial Associado também alto. Muitas estão em locais populosos e tem infraestrutura com problemas, seja pela antiguidade, seja pela má-conservação. E, destas, 45 são consideradas as mais vulneráveis, algumas com grandes erosões, (como a barragem Luiz Vieira, na cidade de Rio de Contas, na Bahia), rachaduras, problemas de infiltrações e fissuras. Segundo o relatório as 45 barragens em risco são:

  1. Prado (AL)
  2. São Francisco (AL)
  3. Piauí (AL)
  4. Gulandim (AL)
  5. Bosque IV (AL)
  6. Canoas (AL)
  7. Afligidos (BA)
  8. Apertado (BA)
  9. Araci (BA)
  10. Cipó (BA)
  11. Luiz Vieira (BA)
  12. RS1 (BA)
  13. RS2 (BA)
  14. Tabua II (BA)
  15. Zabumbão (BA)
  16. Pinhões (BA)
  17. Duas Bocas (ES)
  18. Santa Julia (ES)
  19. Alto Santa Júlia (ES)
  20. Lajeado (MS)
  21. Esteio (MS)
  22. Cabeceira do Onça (MS)
  23. Jucazinho (PE)
  24. Juturnaíba (RJ)
  25. Gericinó (RJ)
  26. Barbosa de Baixo (RN)
  27. Riacho do Meio (RN)
  28. Capané (RS)
  29. Santa Bárbara (RS)
  30. Sindicalista Jaime Umbelino de Souza (SE)
  31. Calumbi I (TO)
  32. Calumbi II (TO)
  33. Taboca (TO)
  34. PA Destilaria (TO)
  35. Jaburu I (CE)
  36. Passagem das Traíras (RN)
  37. Marechal Dutra (RN)
  38. Calabouço (RN)
  39. Americana (SP)
  40. Pirapora (SP)
  41. Barragem Mina Engenho (MG)
  42. Barragem II Mina Engenho (MG)
  43. Barragem B2 (MG)
  44. Barragem B2 Auxiliar (MG)
  45. Água Fria (MG)

Em relação ao ano anterior, as barragens Canoas, Gulandim, Prado, São Francisco, Bosque IV, Jucazinho, Taboca, PA Destilaria, Jaburu I, Passagem das Traíras e Marechal Dutra continuam a preocupar. As barragens de Mina Engenho I e II tiveram encerradas as suas actividades mas os responsáveis não implementaram o programa de desativação da estrutura.

Barragens

As barragens, ou represas, são barreiras feitas em cursos de água – como rios – que retém uma grande porção de água para determinado fim. As três maiores funções de uma barragem são o acúmulo de água para produção de energia hidroeléctrica, a distribuição de água potável para metrópoles e a retenção dos rejeitos de minérios ou elementos industriais resultantes da actividade mineradora.

Exit mobile version