A pesquisa sobre o vírus zika no Brasil teve na última semana um atraso inusitado: o computador portátil do professor e pesquisador Amilcar Tanuri, do Laboratório de Virologia Molecular da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), foi roubado, colocando em causa as inúmeras informações e dados de uma pesquisa inédita sobre o vírus zika que o pesquisador estava desenvolvendo.
Tanuri pesquisa formas de aplicação do uso da droga Clorofina para inibir o vírus zika. Um estudo similar existe nos Estados Unidos, e o atraso causado pelo roubo do computador pode custar a primazia em publicar resultados significativos.
– É uma droga que pode ser usada. É um caminho até para a terapia do vírus. Isso atrasou o meu trabalho. Os americanos também estão na mesma pista nossa, só que eles têm uma velocidade muito maior que a nossa. O atraso em ter perdido isso pode me custar o artigo na hora de publicar – declarou o pesquisador em entrevista à Agência Brasil.
O computador possuía dados de pacientes, como fotos de crianças com microcefalia e exames médicos, e parte de um artigo científico que estava sendo escrito pelo pesquisador, vários materiais considerados confidenciais.
Em nota, a UFRJ classificou o episódio como “lamentável”. De acordo com a universidade, os conteúdos da pesquisa inédita que estão no computador, de caráter sigiloso, são protegidos por senha.
Painel publicitário que mata mosquitos é a nova arma no combate à zika, à febre-amarela e à dengue