(Imagem: Alex Gindin, via Unsplash cc)
O Relatório do Estado do Clima 2014, compilado pela NOAA, do Centro Nacional de Informação Ambiental, teve por base a contribuição de 413 cientistas de 58 países de todo o mundo. “Este relatório apresenta dados de vários pontos do globo, fornecidos por centenas de cientistas e apresenta uma imagem do que aconteceu em 2014. A variedade de indicadores mostra que o nosso clima está a mudar, não só a temperatura mas desde a profundidade dos oceanos para a atmosfera exterior”, referiu em comunicado Thomas R. Karl, diretor do Centro Nacional de Informação Ambiental.
Os indicadores climáticos do relatório resultam de milhares de medições, de uma série de conjuntos de dados independentes.
A concentração de dióxido de carbono (CO2) aumentou 1.9 ppm em 2014, alcançando a média global de 397.2 ppm (partes por milhão) para esse ano. Comparando com 1990, a média global cifrava-se em 354 ppm.
O ano 2014 foi o mais quente alguma vez sentido, tendo o calor sido generalizado em todas as áreas da terra. Mais de 20 países europeus experimentaram temperaturas superiores às registadas anteriormente, enquanto África teve temperaturas acima da média em quase todo o continente.
A temperatura média global da superfície do mar foi a maior já registada, tendo sido particularmente notável no Oceano Pacífico Norte. No geral, o nível do mar continua a aumentar a uma taxa de 3,2 milímetros por ano, sendo que parte deste aumento deve-se ao degelo e ao aumento da temperatura da água, a qual expande quando fica mais quente.
O Ártico continua a aquecer, tendo experimentado o quarto ano mais quente desde os registos no início do século XX. A extensão de gelo no mar Ártico atingiu um mínimo de aproximadamente 5,02 milhões de km2 a 17 de setembro. Por outro lado, a Antártida mostra padrões de temperatura altamente variáveis, sendo caracterizada por fortes padrões sazonais e regionais, e paralelamente, por condições mais quentes e mais frias do que o normal. A extensão do gelo marinho antártico atingiu um recorde máximo de aproximadamente 20 milhões de km2 a 20 de setembro.
Embora as temperaturas sejam divergentes entre os continentes e de ano para ano, a tendência global geral é clara: o número de dias quentes aumentou enquanto o número de noites frias diminuiu.