O famoso aplicativo de transporte privado Uber não para de gerar polêmica pelo mundo. Dessa vez é no Rio de Janeiro. O sindicato dos taxistas da cidade estão promovendo hoje o que tenta ser um dos maiores protestos do mundo até então, contra o aplicativo.
Para relembrar: Criado em 2009, o Uber revolucionou a mobilidade urbana motorizada nas grandes capitais fazendo de todo cidadão que deseje participar e possua um carro, um potencial motorista particular para levar passageiros a seus destinos e receber por isso. Grande sucesso em quase todas as grandes cidades como Paris, Londres, Nova York e Cidade do México, o aplicativo consiste em uma rede de motoristas privados que dão carona (boléia) a pessoas em trânsito pela cidade. Posteriormente as pessoas pagam à empresa que gere o serviço, pelo número de quilômetros rodados e tempo transcorrido.
Nesta sexta-feira milhares de taxistas estão se reunindo em locais estratégicos da cidade para protestar e pedir a proibição do aplicativo. Eles alegam que essa “nova classe” não está sujeita à regulamentação, não segue as mesmas normas a que eles estão sujeitos, e por isso são um tipo de transporte ilegal.
Taxistas de outros estados brasileiros como São Paulo, Minas Gerais e Paraná se solidarizaram à causa e não param de chegar à cidade. Muitos dirigiram mais de 400km para se juntar ao movimento.
(Foto: Reprodução Tv Globo.)
(Foto: Reprodução Tv Globo.)
(Foto: Reprodução Tv Globo.)
O Rio de Janeiro possui uma frota de aproximadamente 34.000 taxis. Para se ter uma noção do quão relevante é esse número veja abaixo a frota de outras cidades:
Táxis no mundo:
Nº de Táxis em outras grandes cidades do mundo (táxis regularizados):
Lisboa: 3.500Paris: 14.900
Nova York: 12.800
Madrid: 11.500
Londres: 20.000
Em geral, o Uber é um grande sucesso mundial entre os utilizadores, e uma grande dor de cabeça para a concorrência, em especial taxis, e também para os legisladores, que tem dificuldade em enquadrar o serviço.
A empresa responsável pelo aplicativo Uber contra-atacou com uma estratégia agressiva. Hoje, no dia do protesto, todos os usuários terão 2 viagens gratuitas de até 50km.
A briga promete ser difícil. Especialistas alegam que ambos os lados possuem amparo legal para manter suas posições. Os antecedentes de casos internacionais não ajudam. Há numerosos casos de “sucesso” tanto a favor quanto contra a proibição.