(Imagem: Reprodução Globo)
Julião Pereira, timorense de 31 anos, comprovou na sua tese de doutoramento que é possível usar a borra de café como filtro para obter água potável.
De acordo com a pesquisa, desenvolvida na Universidade Federal de Goiás (UFG), no Brasil, o resíduo, que normalmente é descartado após o café ser coado, passa por um processo até que seja extraída a chamada “torta de café”, que, segundo os pesquisadores, é um filtro três vezes mais eficiente do que o carvão ativado.
– Eu sofri muito a beber água imprópria e sabia que esse era um problema grave no meu país. Conversando com os professores, eu disse que queria uma maneira de tratar a água, já que lá não existe tratamento como o que é feito por aqui. Pensamos que precisávamos de algum recurso simples e destaquei que lá existem muitas plantações de café e os estudos concentraram-se nisso – contou o pesquisador em uma entrevista.
O processo demora 24 horas e, para adaptá-lo à realidade timorense, o filtro pode ser construído de uma forma simples com tecido de algodão e uma garrafa de plástico e durar até um ano.