(Imagem: Reprodução LobeLog)
Pedro Passos Coelho, o Primeiro-Ministro de Portugal, defendeu ontem durante uma visita ao Centro Comunitário São Cirilo, no Porto, a livre circulação de imigrantes acolhidos no seguimento das quotas que venham a ser acordadas com a União Europeia.
O Primeiro-Ministro referiu ainda, que o governo português não tinha dado uma resposta oficial à proposta da Comissão Europeia, no sentido de Portugal receber 1.700 refugiados vindos de zonas de conflito e/ou pobreza extrema.
“Não há uma contraproposta. Estamos a trabalhar nela. Tem que assentar em critérios que sejam mensuráveis e concretos. A dimensão demográfica, a economia, o estádio do crescimento e o nível de desemprego são indicadores para construir uma resposta” afirmou, garantindo que mesmo que o número final não fosse esse, Portugal não se furtaria jamais às suas responsabilidades no plano da solidariedade internacional.
Quanto à questão da mobilidade dos imigrantes acolhidos, Pedro Passos Coelho defendeu que devem ter ltotal liberdade de circulação no espaço europeu.
“A liberdade de circulação acabará por conduzir as pessoas para economias maiores, mas não me parece que a resposta seja criar uma prisão por país, para que as pessoas possam ficar confinadas. Deve respeitar-se o princípio de liberdade daqueles que acolhem e dos que precisam de ser acolhidos. Temos de encontrar um equílibrio que não beslisque estes princípios“, rematou.
Estas afirmações do chefe do executivo português vêm contrastar com o seu silêncio relativamente à questão da livre circulação de pessoas e bens no espaço da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), algo já há muito reclamado pela sociedade civil e por empresários e também já defendido abertamente por António Costa, o seu principal opositor nas eleições legislativas que acontecerão este ano em Portugal.