A crise na Guiné-Bissau é um tema que nos últimos tempos preenche as manchetes deste portal. No mesmo diapasão, hoje reportamos mais um retrocesso na busca de uma estabilidade política definitiva para os guineenses.
O facto é que no dia 14 de Novembro, o presidente bissau-guineense, José Mário Vaz, anunciou a demissão do governo dirigido desde Junho pelo Primeiro-Ministro, Baciro Djá, com o objectivo de formar uma nova equipa, em conformidade com um acordo assinado há um mês para tirar o país de uma longa crise política, defendo-se na base do Acordo de Conakry.
Para José Mário Vaz, o acordo não prevê a escolha de um Primeiro-Ministro por unanimidade, mas por consenso, e “esse consenso não foi alcançado”, acrescentou, declarando-se por conseguinte “demitir o governo e nomear um novo Primeiro-ministro que terá como missão formar um governo inclusivo para tirar o país da crise”.
Esse anúncio surge na sequência da visita no início de Novembro de uma missão de mediação regional conduzida pela presidente liberiana Ellen Johnson Sirleaf, afim de pressionar os protagonistas da crise a aplicar o acordo.