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Presidente interino da Câmara revogou a própria decisão de anular aprovação do impeachment de Dilma

(Imagem:Gustavo Lima, Câmara dos Deputados)

 

O presidente em exercício da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP-MA) revogou, na madrugada desta terça-feira (10 de maio) a decisão tomada ontem (9 de maio), de anular as sessões plenárias da Câmara em que foi aprovada a admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

 

“Revogo a decisão por mim proferida em 9 de maio de 2016 por meio da qual foram anuladas as sessões do plenário da Câmara dos Deputados ocorridas dias 15, 16 e 17 de abril de 2016, nas quais se deliberou sobre a Denúncia por Crime de Responsabilidade nº 1/2015”, diz o texto do ofício assinado por Maranhão.

 

Em outro ofício, Waldir Maranhão comunicou a decisão ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

 

Segundo a Agência Brasil, a Secretaria-Geral da Mesa da Câmara recebeu a decisão da revogação logo depois da meia-noite (horário brasileiro).

 

Nessa segunda-feira, Renan Calheiros decidiu ignorar a decisão do presidente em exercício da Câmara e determinou que o relator do processo na Comissão Especial do Impeachment do Senado, Antonio Anastasia (PSDB-MG), fizesse a leitura do parecer, favorável à admissibilidade do processo no plenário da Casa. Com isso, começou a contar o prazo de 48 horas para que os senadores votem a admissibilidade e o afastamento da presidente por 180 dias, o que deve ocorrer nesta quarta-feira (11 de maio).

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