Alfred Nobel, o homem que detestava prémios, deixou o seu nome ligado a um dos prémios mais prestigiantes de todos os tempos, para serem distribuídos anualmente às pessoas que mais benefícios houvessem prestado à humanidade em diversos ramos como física, química, fisiologia, medicina, literatura ou paz.
Do espaço lusófono desde da criação deste último, José Ramos-Horta e Carlos Filipe Ximenes Belo foram as únicas figuras que o venceram, ambos laureados no mesmo ano (1996) pelo trabalho conducente a uma solução pacífica e justa para o conflito em Timor-Leste. Em 2015 o Quarteto para o Diálogo Nacional na Tunísia, um grupo de organizações da sociedade civil tunisina que trabalha a favor da democracia desde a revolução de 2011 foi a escolhida pela Academia Norueguesa.
Este ano o prémio continua o mais apetecível de todos, com um recorde de 376 candidatos, sendo que 228 são indivíduos e 148 organizações.
O Comité Nobel limita-se a divulgar o número total de concorrentes, e segundo os seus estatutos, a lista dos concorrentes será mantida em secretismo pelos menos durante 50 anos, um sigilo limitado à organização, já que os proponentes têm a liberdade de revelar os candidatos.
Papa Francisco, Edward Snowden são algumas figuras em destaque que estão novamente nomeadas para o galardão, tendo também sido divulgado recentemente que Donald Trump, candidato republicano às primárias para as presidenciais norte-americanas também consta na lista divulgada por Kristian Berg Harpviken, diretor do Peace Research Instituto de Oslo.
Os habitantes das ilhas gregas, voluntários, incluindo pescadores que auxiliam os refugiados à chegada da perigosa travessia do Mar Egeu também estão na corrida ao galardão, existindo até uma petição online com mais de 669 mil assinaturas incentivando a atribuição do prémio.