Portugal – país do festival
Este Verão, será caso para dizer que mais vale pegar na mochila, encher o carro de amigos e não sair do quintal lusitano!
Nos últimos anos, Portugal tem-nos habituado à boa vida de veraneio, com uma oferta cultural que transcende a qualidade musical e que nos dá, acima de tudo, a oportunidade de conhecer melhor as paisagens e as gentes deste pedacinho de terra “à beira-mar plantado”.
O roteiro é extenso e os cerca de 900 km de norte a sul, outrora percorridos em 6 horas de automóvel, tornam-se infindáveis e deliciosamente longínquos.
Comecemos pela Ericeira, mítico point do surf nacional, onde o sol, o mar e a praia de Ribeira D’ilhas marcam presença para se juntarem à boa música e a uma roda de amigos. Aliás, este é mesmo o slogan do próprio festival que nas suas good vibes, convidou todos a desfrutarem da beleza da costa portuguesa nos passados dias quentes de 25 e 26 Junho.
Com um cartaz diversificado onde o reggae, o hip-hop e a música electrónica assumiram um protagonismo legítimo, lá encontrámos nomes como Marcelo D2, Groundation, Terrakota, Gentleman e Matisyahu no palco da Sumol.
Por sua vez, na tenda Positive Vibes, não conseguimos fugir dos drums de Marcelinho da Lua & Ângelo B.
Batidas leves e frescas para noites de luar “ensolarado”, que fazem de Portugal um país mais do que assumido na cultura de surf e de praia.
De volta à capital, encarámos o potente cartaz do Delta Tejo.
Salve a multiculturalidade da nossa Lisboa desde sempre entregue a cruzamentos ecléticos num tempo bem capaz de ficar para lá da linha do horizonte!
Em pleno século XXI, o Delta é assim… de jeito simples e despretensioso, mas ao mesmo tempo, de voz firme, porte impactante, de quem espalha mensagem e marca posição.
Nos dias 2, 3 e 4 de Julho eu fui-me perder no Alto da Ajuda!
Perdi-me em Portugal, na Colômbia, em Cabo Verde, no Brasil, em Angola e na fronteira de tudo isso!
Caí no embalo do fado* da Ana Moura, no kuduro* psicadélico do Puto Prata, na lusofonia sambista* do nosso Martinho. Senti o semba* e a kizomba* do Paulo Flores, rodopiei na gafieira da Roda de Choro e conheci os sons dos kotas*, num mambo* tribal, tipo “dance mangwolé*”, do projecto Batida. Isto, sem esquecer dos Buraka Som Sistema, que mais uma vez, deixaram o público em extâse num som meio lisboeta meio electro luandês* (designação estranha né?) O tal do “kuduro* progressivo” que já virou cartão de cidadão aqui na Tuga*.
No quintal do Delta tem muita semente de café… Café que é nosso e que é de todos.
Sementes colhidas sob o sol escaldante da Europa do sul num “vá pra fora cá dentro” ao seu mais alto nível!
A coisa está boa e promete mais! Seguimos viagem ok? Em breve vou colher mais dica p’ra vocês 😉
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