Pode um só país acabar com uma comunidade?
(Imagem: Reprodução PBS)
Ricardo Costa, jornalista e Diretor do Jornal Expresso, defendeu esta semana na coluna editorial que assina semanalmente, que a entrada da Guiné Equatorial na Comunidade Países de Língua Portuguesa (CPLP) iria conduzir ao fim prematuro da instituição.
A motivar o seu entendimento está, para além da sua convicção pessoal, a ferida aberta por Aníbal Cavaco Silva, Presidente da República de Portugal, no prefácio dos seus Roteiros e a consequente resposta de José Ramos-Horta, que não gostou que o Presidente português tivesse atribuído a Timor-Leste a responsabilização pelo não-veto português à entrada da Guiné Equatorial na CPLP.
Para o jornalista, a entrada na Comunidade de um país “cleptómano” governado por um “delfim megalómano”, que é visto com desconfiança por toda a comunidade internacional, é um “erro histórico” e embaraçoso que vai custar caro a todos os envolvidos, como de resto já está a acontecer.
Na sua opinião, a única motivação tida em conta para a entrada do país presidido por Teodoro Obiang desde 1982, foi o interesse do Brasil e de Angola nas reservas petrolíferas do Golfo da Guiné. No seu entendimento, só assim se explica que falantes de castelhano, sem qualquer ligação relevante histórico-cultural com qualquer dos restantes países-membros da CPLP, façam agora parte da comunidade de falantes de língua portuguesa.
Sem comentários
This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.