Pela primeira vez em cinco anos, cai o comércio entre a China e os países lusófonos
Existe sempre a primeira vez… Após a ascensão das trocas comerciais entre a China e os países de língua portuguesa que chegaram a atingir 80,3%, totalizando 21,14 mil milhões de dólares (cerca de 13,6 mil milhões de euros), eis que chega o momento da queda.
Pela primeira vez em cinco anos, o valor das trocas comerciais entre Pequim e os países de língua portuguesa quedou-se aquém dos cem mil milhões de dólares, segundo as indicações da Administração Alfandegária da República Popular da China.
Embora nos dois primeiros meses de 2016 as trocas comerciais entre a China e países de língua portuguesa tenham ascendido a 11,192 mil milhões de dólares (cerca de 9,85 mil milhões de euros), a queda que totaliza-se em 25,54% foi registada na diminuição das exportações chinesas para o Brasil e África. A China vendeu menos 50,27% ao Brasil em janeiro e fevereiro, menos 77,32% a Angola, menos 46,69% a Moçambique, menos 43,05% a Cabo verde, menos 28,61 à Guiné-Bissau e menos 22,16% a São Tomé e Príncipe.
Uma tendência que não seguiu o mesmo ritmo em países como Portugal e Timor-Leste, cuja exportações chinesas aumentaram 21,11% e 13,88%, respetivamente. Brasil lidera as movimentações de trocas comerciais no que concerne às trocas bilaterais, sendo o principal parceiro lusófono, tendo Angola, Portugal e Moçambique no encalço.
Recorde-se que no mês de abril, o Governo de Macau criou uma comissão para desenvolver a plataforma de cooperação comercial entre a China e os países de língua portuguesa. A comissão conta com 11 membros, cujo mandato tem a duração de um ano, todos membros de diferentes tutelas do governo, não havendo representantes dos países de língua portuguesa.
Sem comentários
This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.