PALOP estão entre os casos mais preocupantes de desrespeito aos direitos humanos
No relatório referente a 2015, divulgado esta quarta-feira (24 de fevereiro), a Anistia Internacional afirma que a limitação de liberdades dos cidadãos e a violação de direitos humanos fundamentais pelos governos marcaram o ano, especialmente em países como Angola, Moçambique e Guiné-Bissau.
De acordo com Susana Gaspar, presidente da direção da Anistia Internacional Portugal, uma das principais dificuldades a ultrapassar em 2016 é o atropelo à liberdade de expressão nos países africanos de língua oficial portuguesa (PALOP).
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– A liberdade de expressão é atropelada constantemente. Muitas vezes, a ONU poderá lançar alertas, nomeadamente em relação à situação dos direitos humanos, mas essas afirmações, mesmo vindo de um órgão como a ONU, são desrespeitadas pelos Governos e não têm eco, como foi o caso de Angola – referiu em entrevista à agência de notícias Deutsche Welle.
A crise econômica que afeta Angola poderá agravar ainda mais estes problemas, à semelhança do que acontece em Moçambique, onde a pobreza agravou o estado social do país, tornando mais visíveis os conflitos.
– Esta rivalidade política não ajuda à estabilidade de um país e obviamente que encaramos tudo isto com muita preocupação, sobretudo pessoas que necessitam de maior segurança e que dificilmente a terão – declarou Susana Gaspar, alertando que é urgente resolver as crises internas nestes países.
A Guiné-Bissau também é um dos países destacados no relatório, apesar de a sua situação face aos direitos humanos ter melhorado face aos anos anteriores. No entanto, a Amnistia Internacional continua a receber indícios de tortura, maus tratos e mortes, durante períodos de custódia policial.
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