(Imagem: Reprodução RU Tourism News)
Os Repórteres Sem Fronteiras lançaram o seu relatório anual sobre liberdade de imprensa em 180 países do mundo e as noticias não são nada boas. Houve mais países que registaram índices inferiores ao que tinham registado no ano anterior, o que quer dizer que no geral, a liberdade de imprensa diminuiu drasticamente durante o ano de 2014.
Os motivos são vários e costumeiros. Das guerras às ameaças crescentes de organizações não estaduais, passando pela violência durante manifestações e acabando na crise económica. Afinal de contas redunda tudo no medo. O medo do conhecimento.
Os critérios para a avaliação são o pluralismo, a independência, o respeito pela segurança e pela liberdade de imprensa, a legislação em vigor e o clima institucional e de infraestruturas em que cada órgão de comunicação social opera.
No que à lusofonia diz respeito, os dados recolhidos não divergem muito da média global.
Em destaque pela negativa está Timor-Leste, um dos países que registou uma das maiores quedas na liberdade de imprensa: caiu 26 lugares no ranking graças à criação de um Conselho que regula o sector, mas que é controlado pelo Estado e à adoção de um código de ética bastante restritivo, que chega a roçar a autocensura. Está em 103º lugar.
Em destaque pela positiva está o Brasil, que subiu 12 lugares no ranking, posicionando-se agora em 99º lugar. Esta subida deve-se, sobretudo, à diminuição da violência sobre os jornalistas, que se traduziu em “apenas” duas mortes de jornalistas, a contrastar com as cinco mortes do ano anterior.
Não há nenhum país lusófono no quadro de honra da lista. O país mais bem colocado é Portugal, que ocupa o 26º posto, depois segue-se Cabo Verde em 36º e o pódio fecha com Moçambique, o 85º classificado. Num lugar bastante preocupante surge Angola com a 123ª posição. Sem surpresa, a Guiné Equatorial ocupa um dos últimos lugares da lista.
Ranking lusófono:
Portugal – 26º
Cabo-Verde – 36º
Moçambique – 85º
Brasil – 99º
Timor-Leste – 103º
Angola – 123º
Confira em baixo o ranking na íntegra.