(Imagem: Reprodução Alma de Viajante)
O Parque Nacional de Gorongosa (PNG) tem aproximadamente 4000 quilómetros quadrados (equivalente a quase 45.000 campos de futebol) e situa-se no grande Vale do Rift, em Moçambique. Foi “onde a nossa espécie humana evoluiu” disse Greg Carr, Presidente do Projeto de Restauração da Gorongosa, na abertura da época turística de 2015.
O Parque é considerado uma área de conservação de extrema importância pela comunidade científica não só pela variedade de espécies endémicas (únicas, exclusivas da região), mas também por possuir vestígios da vida humana que remetem a 300.000 a.C. É uma “África” num só espaço. É um dos lugares da Terra com mais biodiversidade e sofreu talvez “a maior história de restauração da vida selvagem em África”.
O parque foi abandonado com o tempo. Várias empresas tentaram reconstrui-lo. Porém só em 2004 isso foi concretizado, através da assinatura de uma parceria público-privada de 20 anos entre o Governo Moçambicano e o Projeto de Restauração da Gorongosa, uma organização sem fins lucrativos dos Estados Unidos.
O projeto de restauração não está apenas limitado à área do parque mas sim a todas as comunidades que em volta dele habitam, assim no projeto constam planos que já estão em prática para ajudar estas populações que vivem com dificuldades e são menos desenvolvidas.
O evento de abertura do Parque contou com uma homenagem nas campas (túmulos) de Traquino e João Chitengo, líderes tradicionais que estão associados à evocação dos antepassados da família Chitengo, uma parte importante da vida do parque.
Em discurso, Paulo Majacunene, administrador do distrito da Gorongosa, afirmou que “o turismo que cresceu a ritmo acelerado até 2012 no Parque Nacional da Gorongosa galvanizou a economia da Gorongosa e de Moçambique. Porém, a instabilidade política em 2013 e 2014 fez retroceder as actividades turísticas no Parque assim como em unidades de hotelaria na região”, segundo o blog Gorongosa.
O administrador do PNG, Mateus Mutemba, relembrou a todos os presentes na cerimónia a importância económica e social do Parque para os Distritos vizinhos, acrescentando que a fauna e a flora do Parque são a principal atração para o turismo e que a sua proteção só é possível com o envolvimento e cooperação de todos na aplicação de leis e normas de conservação, assim como a mobilização das comunidades para a adesão do cuidado a ter com a natureza.