Conexão Lusófona

O Índice Global da Paz não mente: a lusofonia ainda tem um longo caminho a percorrer

Já saiu o novo Índice Global da Paz de 2015 e as notícias para a grande maioria dos países lusófonos não podia ser menos animadora, com exceção de Portugal que está num sólido 11º lugar, não há mais nenhum numa posição considerada honrosa, mas vamos por partes.

 

Segundo a organização, a análise cobre 99,6 por cento da população mundial. E mostra que o mundo está muito dividido no que toca a paz. Muitos países que integram a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico) apresentam níveis históricos em termos de paz, devido à redução de homicídios e redução dos níveis de despesas e compromissos militares. Por outro lado, a intensidade dos conflitos armados aumentou dramaticamente, com o número de pessoas mortas em conflitos a nível global a triplicar de 49 mil em 2010 para 180 mil em 2014.

 

Apesar da violência e da cultura e economia de guerra consumirem 13.4% do PIB mundial, contrariamente ao que seria de esperar, este ano o índice da paz teve uma variação positiva. Há 81 países em cujos níveis de segurança aumentaram e apenas 78 em que pioraram, o que significa um resultado positivo, ainda que de forma muito modesta.

(Imagem: Reprodução Vision of Humanity)

A Europa é a região mais segura do mundo e por isso não é de estranhar que de todos os países lusófonos Portugal esteja em vantagem, mas a verdade é que o resultado do país é de facto satisfatório, 11º a nível mundial e sétimo a nível europeu.

 

O Brasil está em 90º lugar no ranking, sendo apenas o nono mais seguro dos 11 que compõem a América do Sul.

 

Nos PALOP o nível de paz e segurança também deixa muito a desejar. Moçambique é o mais seguro, ficando no 80º lugar do ranking, logo seguido pela Guiné-Equatorial no 81º posto, Angola no 88º e Guiné-Bissau em 120º.

 

No entanto, há que referir que a Guiné-Bissau foi o país do mundo que registou a melhor evolução no ranking, tendo galgado 24 posições. A pior evolução do ranking fica com a Líbia que caiu 13 lugares e está agora posicionada em 149º.

 

Na lista de países com mais homicídios por cada 100 mil habitantes há três representantes da língua portuguesa. O Brasil em 12º lugar (25,2), a Guiné-Equatorial em 17º (19,3) e a Guiné-Bissau em 27º (15).

 

Índice Global da Paz
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