(Imagem: Reprodução Exame)
Mais da metade da população brasileira se declarou negra, preta ou parda no Censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2010. Mas este número não se reflete nas salas de aula das universidades brasileiras: apenas 26 em cada 100 alunos das universidades do país são negros.
Apesar de ainda muito inferior, o acesso da população negra ao ensino superior aumentou 232% na comparação entre 2000 e 2010. Os dados constam no infográfico “Retrato dos Negros no Brasil” feito pelo portal Rede Angola.
Outro aspecto apontado pelo site angolano é que para cada R$100 ganhos por um branco, um homem negro, com a mesma formação e na mesma função, recebe R$57,40. No caso de uma mulher negra, o salário cai para R$38,5.
Segundo o Geledés Instituto da Mulher Negra, o aumento no acesso à formação universitária reflete as políticas afirmativas implementadas pelo governo nos últimos anos, em resposta às reivindicações históricas do movimento negro no país, mas os dados apontam o gargalo ainda existente: de cada cem formados, menos de três (2,66%) são pretos, pardos ou negros.
Veja abaixo a infografia completa: