Nobel da Paz Ramos-Horta quer que Timor acolha refugiados à deriva no mar
(Imagem: Reprodução Links)
José Ramos-Horta, o ex-Presidente da República de Timor-Leste, que foi laureado com o Prémio Nobel da Paz em 1996, juntamente com o seu compatriota Dom Ximenes Belo, escreveu uma missiva dirigida ao Presidente do país, Taur Matan Ruak, e ao Primeiro-Ministro, Rui Maria de Araújo, defendendo que Timor deveria acolher mil refugiados da etnia Rohingya, provenientes de Myanmar.
Numa mensagem de facebook o antigo estadista deu a conhecer de que forma, em seu entender, Timor poderia contribuir para ajudar a resolver o impasse gerado.
“Esta é uma oportunidade única, histórica, para Timor-Leste se afirmar como um País solidário, de valores humanos, morais e éticos”. O que proponho é que Timor-Leste acolha durante 5 a 10 anos entre 100 a 1000 refugiados Rohingya. Estes seriam alojados em Laklubar and Soibada, etc, lugares pacíficos, mais ou menos despovoados, de clima ameno. Tenho consciência da complexidade do problema. Não vamos salvar todos os refugiados. Mas salvamos alguns. Temos milhares de imigrantes ilegais no nosso País e todos eles estão a trabalhar. E não vamos acolher algumas centenas de mulheres e crianças, de uma das minorias étnicas e religiosas mais desprezadas do mundo?”.
Estima-se que neste momento, apenas no sudeste asiático, existam 6 mil pessoas à deriva em barcos. Uma crise humanitária de proporções imensas que o mundo teima em não ver…
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