Nascido em Santo Amaro da Purificação, pequena cidade do Recôncavo Baiano, próxima de Salvador, Caetano Veloso completa hoje 72 anos.
É difícil encontrar um artista da música brasileira que não tenha sido influenciado de algum modo por Caetano. O cantor e compositor Djavan foi tão marcado pela obra do baiano que, em 1982, na canção Sina, o transformou em verbo no verso “como querer caetanear o que há de bom”.
Para além de ser um dos principais nomes do movimento tropicalista, ao lado de Gilberto Gil, Gal Costa e Tom Zé, o cantor teve a carreira marcada pela polêmica: foi acompanhado pela banda de rock Os Mutantes durante a apresentação de É Proibido Proibir, no 3º Festival Internacional da Canção, quando fez um acalorado e inesquecível discurso; gravou compositores considerados cafonas como Vicente Celestino, Peninha e Fernando Mendes; foi preso pelo regime militar e depois exilado em Londres em 1969.
Com uma discografia de cerca de 50 discos entre solos, coletivos e coletâneas, sempre inovador, o cantor permanece extremamente produtivo, apoiando os mais diferentes movimentos e artistas de várias vertentes. Atualmente, Caetano está em turnê com o show Abraçaço.
Nossa equipa listou um conjunto de músicas que ilustram a carreira deste cantor que é um dos mais importantes nomes da Música Popular Brasileira e um dos pais do Tropicalismo:
A estreia de Caetano foi em Domingo (1967), um disco dividido com Gal Costa, um louvor à bossa nova de beleza pura e inocente – o extremo oposto do que estava por vir, ainda naquele ano, com o Tropicalismo. Destaque para a música Domingo:
O álbum Caetano Veloso (1968) é considerado uma obra-prima tropicalista, movimento que mudou a música brasileira com uma explosão de cores e sons. Das músicas, Alegria, Alegria, Tropicália e Superbacana são essenciais.
Alegria, Alegria:
Tropicália:
Superbacana:
Caetano Veloso (1969) ficou conhecido como “o disco da assinatura”, já que a capa do álbum era composta somente pela assinatura do cantor sobre um fundo branco. Foi gravado depois da prisão de Caetano e Gilberto Gil, no período em que eles ficaram impedidos de deixar Salvador (e antes de irem para o exílio em Londres). Dentre as músicas, Irene está entre os “must-listen”:
O álbum Transa (1972), gravado no exílio em Londres, é considerado por muitos o melhor disco do cantor. Destaque para You Don’t Know Me e Mora na Filosofia.
You Don’t Know Me:
Mora na Filosofia:
O álbum Joia (1975) revelou o lado experimental de Caetano, com músicas como Pipoca Moderna:
Lançado em 1978, Muito traz clássicos como Sampa:
Lançado em 1991, Circuladô tem entre os destaques Fora de Ordem:
As canções do álbum Cê (2006) têm letras que figuram entre as mais pessoais já escritas por ele, como Eu Não me Arrependo:
Abraçaço, lançado em 2011, foi premiado com o Grammy Latino de Melhor Álbum de Compositor em 2013, com destaque para a música A Bossa Nova É Foda, que encerra a nossa breve lista:
Ficou com sede de mais? Para explorar a discografia completa, basta acessar o site oficial do cantor, onde é possível ouvir e/ou baixar os álbuns.