Dos 17 activistas angolanos que estavam presos por acusação de injúria ao tribunal, 16 foram postos em liberdade, enquanto o activista angolano Nito Alves, tinha sido o único que não tinha tido a mesma sorte. Nito foi acusado de perturbar a ordem no Tribunal Provincial de Luanda e condenado a seis meses de prisão efectiva.
Um recurso interposto pelo advogado David Mendes, teve aval do Tribunal Constitucional e tornou-se fundamental para que fosse solto, juntando-se assim aos colegas a respirar o ar da liberdade. Em entrevista logo ao sair da prisão, Nito Alves assegurou que vai “continuar com as manifestações” até que seja derrubada a alegada ditadura que existe em Angola.
Demonstrou-se ainda surpreso com a sua libertação, desconfiando que seja um “presente envenenado”, afirmando haver eventual segundas intenções na medida da justiça. Para ele, “do ponto de vista político, o José Eduardo dos Santos sabe o que está a fazer. Se nos meteram em liberdade, é claro que sabe o que está a fazer”, segundo reportado pelo portal Rede Angola. Todos activistas ficaram incumbidos pela justiça angolana de apresentar-se às autoridades uma vez por mês, enquanto não são julgados os recursos às condenações.