(Imagem: Fernando Frazão, Agência Brasil)
O município de Piracicaba, no interior de São Paulo, soltará, a partir de abril, uma linhagem geneticamente modificada de machos do mosquito Aedes aegypti.
A missão dos mosquitos “mutantes” é copular com as fêmeas originais do ambiente, gerando descendentes que não conseguem chegar à fase adulta.
Os mosquitos modificados foram desenvolvidos pela empresa britânica Oxitec. A implementação do inseto no Brasil foi feita em parceria com a Universidade de São Paulo (USP), que o adaptou ao ambiente local. Segundo a empresa, os machos transgênicos não picam e não transmitem doenças.
O Aedes aegypti geneticamente modificado será implementado inicialmente no bairro Cecap, região leste do município, que apresentou maior número de casos de dengue em 2015. No local, vivem cerca de 5 mil pessoas.
Segundo informações da Agência Brasil, a expectativa da empresa é que, seis meses após a liberação, o nível da população do mosquito transmissor da dengue e da chikungunya – também transmitido pelo Aedes aegypti – na área tratada caia significativamente em relação às áreas não tratadas.