Moçambique perdeu metade dos seus elefantes em seis anos
Em pouco mais de seis anos Moçambique já perdeu cerca de metade da sua população de elefantes devido ao tráfico ilegal de Marfim.
O porta-voz e analista de comércio do Fundo Mundial para a Natureza (WWF), Colman O’Criodain disse a agência de notícias espanhola EFE que Moçambique se encontra sob observação das Nações Unidas, por não ter apresentado nenhuma progressão na sua legislação nacional sobre o assunto nos últimos anos.
Apesar de o país ter efectuado algumas mudanças na legislação sobre os animais selvagens O’Criodain afirma que Moçambique é um dos países com maior caça de elefantes e rinocerontes pois as penas para este tipo de crime são somente de uma pequena multa.
O abate descontrolado desta espécie ameaçada de extinção aconteceu com maior impacto na zona norte do país concretamente na Reserva do Niassa onde os caçadores furtivos dizimaram 95% dos animais.
Estima-se que em todo o continente africano são abatidos ilegalmente cerca de 30 mil elefantes por ano para alimentar o comércio do marfim, principalmente para a China e outros países asiáticos.
Alguns estudos revelam que caça ilegal de elefantes tem vindo a diminuir gradualmente nos últimos anos mas, especialistas acreditam que esta redução está directamente relacionada com a diminuição da população de elefantes em algumas partes de África, como é o caso de Moçambique e Tanzânia, onde pelo menos 500 elefantes foram abatidos nos últimos três anos.
Nos países asiáticos, o marfim e os chifres de rinoceronte são utilizados na medicina tradicional ou como acessórios de luxo.
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