Lançados no dia 15 de outubro, os livros são denominados “Mulheres de Cinza” e “Vagas e Lumes” da autoria do escritor e biólogo Mia Couto. O lançamento destes dois livros é feito sob a liderança da Fundação Fernando Leite Couto, um espaço da família Couto criado para promover a prática e gosto pela escrita e leitura.
O evento contou com a presença do Ministro da Educação e Desenvolvimento Humano, Jorge Ferrão, do Presidente do Fundo Bibliográfico de Língua Portuguesa, Nataniel Ngomane, dos escritores Calane da Silva e Ungulani Ba Ka Khossa, entre outros convidados.
Por um lado, “Vagas e Lumes“ é a segunda edição de um conjunto de poemas que teve a sua primeira edição em 2014. Por outro lado, “Mulheres de Cinza” é o primeiro livro de uma trilogia chamada “As Areias do Imperador“, que narra os derradeiros dias do chamado Estado de Gaza, o segundo maior império em África dirigido por um africano.
Ngungunyane (ou Gungunhane como ficou conhecido pelos portugueses) foi o último dos imperadores que governou toda a metade Sul do território de Moçambique. Derrotado em 1885 pelas forças portuguesas comandadas por Mouzinho de Albuquerque, o imperador Ngungunyane foi deportado para os Açores onde veio a morrer em 1906. Os seus restos mortais terão sido transladados para Moçambique em 1985.
Existem, no entanto, versões que sugerem que não foram as ossadas do imperador que voltaram dentro da urna. Foram torrões de areia. Do grande adversário de Portugal restam areias recolhidas em solo português.
O livro em apreço contêm 404 páginas, 29 capítulos e foi escrito com base no Novo Acordo Ortográfico e o mesmo pode ser adquirido na Fundação Fernando Leite Couto na Cidade de Maputo.