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Moçambique lança plano nacional para acabar com casamentos prematuros

(Imagem: Reprodução UNICEF)

 

Numa altura em que as estatísticas mostram que Moçambique figura entre os dez países do mundo com mais ocorrências dos casamentos prematuros, com 48% das raparigas a casarem-se antes dos 18 anos, cresce a preocupação em reverter o cenário.

 

O governo de Moçambique lançou, recentemente, uma estratégia com vista a erradicar o mal. O plano aponta para a sensibilização, até 2019, das famílias, líderes religiosos e tradicionais, comunidade, crianças e sociedade no seu todo para a prevenção dos casamentos prematuros.

 

Constam da matriz de acções sete vectores: comunicação e mobilização social; acesso e educação de qualidade e retenção; empoderamento das crianças do sexo feminino; saúde sexual e reprodutiva; mitigação/resposta e recuperação; quadro político legal e coordenação multi sectorial e advocacia. Esta estratégia conta com apoio de organizações internacionais, como a ONU, cuja coordenadora residente considerou o fenómeno uma violação grave aos direitos das crianças.

 

O alto índice do analfabetismo e factores culturais são apontados como as principais causas dos casamentos prematuros em Moçambique. Adicionalmente, os costumes, em muitos casos, têm legitimado os casamentos prematuros, na medida em que, em algumas províncias, antes mesmo do nascimento, a rapariga é prometida a um homem por vários motivos, entre os quais o pagamento de uma dívida ou como preço por serviços prestados por um médico tradicional.

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