São informações que não podem agradar a ninguém, mas o facto é que Moçambique é o país africano com maior taxa de suicídios. Os dados são do relatório “Estatísticas Mundiais de Saúde” divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Moçambique é citado como tendo uma média de 17,3 suicídios por cada 100 mil habitantes, a taxa mais elevada do continente, enquanto a mortalidade devido a homicídios é de 3,4 pessoas por 100 mil, colocando o país, neste item, entre os três melhores de África nesse capítulo.

No capítulo na mortalidade por envenenamento acidental, como, por exemplo, por pesticidas, querosene, químicos domésticos, monóxido de carbono ou drogas, Moçambique tem a pior taxa da região africana, com 8,1 mortes por cada 100 mil habitantes.

A taxa de mortalidade materna, segundo a OMS, é de 489 por 100 mil nascidos vivos, enquanto na mortalidade infantil, 78,5 de crianças com menos de cinco anos morrem em cada mil nados vivos.

Uma das causas dessa realidade deve-se ao facto de apenas 54% dos partos em Moçambique serem acompanhados por profissionais de saúde.

A OMS regista que, apesar das melhorias verificadas nos últimos anos, a esperança média de vida continua abaixo da média africana de 60 anos, situando-se em 57,6 anos à nascença, a 10ª pior nos 47 países pesquisados.

Quanto ao acesso a fontes melhoradas de água potável, apenas 51% dos moçambicanos têm esse privilégio. O relatório analisa ainda indicadores relativos a algumas doenças, entre as quais o HIV, a tuberculose e a malária, nas quais Moçambique surge entre os 10 países mais afectados em África.