Moçambique atinge o objetivo do Milénio sobre redução da fome
(Imagem: Reprodução Yahoo)
Moçambique cumpriu o indicador do primeiro objetivo de Desenvolvimento do Milénio, no que diz respeito à redução para a metade da proporção de pessoas que passam fome.
Os Objetivos do Desenvolvimento do Milénio são oito metas que foram traçadas para serem alcançadas até 2015, para que respondessem aos principais desafios mundiais de desenvolvimento. Foram esboçados a partir de ações e alvos contidos na Declaração do Milénio adoptada por 189 nações e assinada por 147 Chefes de Estado e de Governos durante a Conferência do Milénio da ONU em Setembro de 2000.
Este ano marca o fim do ciclo de monitoria sobre as metas de Desenvolvimento do Milénio e o compromisso de reduzir para metade os níveis de fome e de malnutrição que foi instituído na Cimeira Mundial de Alimentação de 1996. Em Moçambique a insegurança alimentar crónica reduziu de 61 por cento em 1997 para 35 por cento em 2006 e para 24 por cento em 2013.
Contribuiu para a redução da insegurança alimentar o aumento da proporção de famílias com dieta adequada de 50 por cento para 67 por cento, devido ao aumento da produção de alimentos, nomeadamente, em cerca de 13,9 por cento para os cereais, 36 por cento para as leguminosas de grão e 7,6 por cento para as raízes e tubérculos, registados na campanha 2013/2014.
Por outro lado, aumentou o consumo de alimentos de proteína animal (carne e peixe), houve uma melhoria das infraestruturas de escoamento e armazenamento de produtos alimentares, contribuindo para a melhoria do acesso físico de produtos manufaturados como por exemplo, o açúcar.
Igualmente, houve uma baixa anual do preço dos alimentos de 7,89 por cento em 2006 para 1,75 em 2013, o que demonstra que aumentou a disponibilidade de produtos alimentares como cereais, leguminosas hortícolas e frango.
A nível dos agregados familiares, aumentaram as reservas de cereais que duram pelo menos dez meses e diminuíram aquelas cujas poupanças duravam menos de três meses. O Governo aponta que também houve um maior índice de consumo de água potável devido, sobretudo, aos esforços de aumento da cobertura.
Apesar destes progressos, há, no entanto, preocupação com o fato de a desnutrição crónica em crianças menores de cinco anos não demonstrar uma redução significativa, tendo passado de 48 por cento, em 2003, para 46 por cento em 2006 e 43 por cento em 2013.
Para este propósito, foram analisadas também as mudanças no ambiente macroeconómico que o país registou nesse período, nomeadamente, a evolução do custo geral de alimentos com base na taxa de inflação de produtos alimentares publicado pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE).
Moçambique está representado na 39.ª Sessão da Conferência da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação por uma delegação chefiada pelo Ministro da Agricultura e Segurança Alimentar.
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