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Moçambicano Mário Macilau vence 3ª edição da Residência Artística para Artes Visuais e Fotografia em Lisboa

Leya

 

O fotógrafo moçambicano Mário Macilau é o artista vencedor da 3ª edição do programa de Residência Artística para Artes Visuais e Fotografia, em Lisboa.

 

Depois de em 2007 ter vendido o celular de sua mãe para comprar a sua primeira máquina fotográfica Macilau profissionalizou-se em projectos de longo prazo que se concentram em matérias sociais e políticas, especificamente sobre direitos humanos e condições ambientais que, tem afectado grupos sociais isolados.

 

Desde então, o seu trabalho foi reconhecido com prémios e apresentado regularmente em numerosas exposições individuais e em grupo, em Moçambique e no exterior.

 

Segundo uma nota do Centro Cultural Português (CCP), o Júri do programa da Residência Artística composto por Jürgen Bock (curador independente convidado), Ana Rita Wever (Câmara Municipal de Lisboa) e Alexandra Pinho (Camões – CCP em Maputo) decidiu por unanimidade selecionar o trabalho de Mário Macilau, pela sua pertinência e adequação à lógica de criação artística contemporânea pretendida pelo programa.

 

De acordo com o júri, a proposta de trabalho apresentada constitui um efectivo projecto de pesquisa e questionamento, demonstrando um elevado grau de maturação e coerência com o percurso artístico do candidato.

 

Mário Macilau será o artista em residência em Lisboa entre 16 de Maio a 16 de Junho de 2017.

 

O programa de Residência Artística criado pela Câmara Municipal de Lisboa e o Camões – Centro Cultural Português em Maputo é destinado a artistas visuais e/ou fotógrafos, de nacionalidade moçambicana ou residentes em Moçambique, há mais de dez anos, que já tenham currículo na área e pretendam desenvolver um projeto coerente, consistente com o seu percurso artístico, pertinente na proposta de relação com a cidade de Lisboa e com reconhecido interesse no âmbito da arte contemporânea.

 

Os trabalhos do fotógrafo moçambicano já foram apresentados em exposições como: a exibição colectiva Pan-Africana durante a Bienal de Fotografia Africana em Bamako, Mali 2011; VI Chobi Mela Photo Festival em Dhaka, Bangladesh 2011; Foto Primavera em Pequim, China 2011; Lagos Foto em Lagos, Nigéria, 2011; BESphoto no CCB – Centro Cultural de Belém em Lisboa, Portugal 2011 e Pinacoteca de Estado de São Paulo no Brasil, KLM em Kuala Lumpur, Malásia, 2012; a Feira de Arte de Joanesburgo 2013; Les Recontres Picha em Lubumbashi, RD Congo, 2013; a Bienal Artes Atuels em Saint Dinis, Ilha da Reunião 2013; Leilão de Arte Africano em Londres, Inglaterra em 2013, entre outros.

 

Para este ano de 2016, destaca-se a sua participação num programa e exposição na Organização das Nações Unidas, na World Press Photo e no Universal Rights Group e a publicação do livro Growing in Darkness (Crescer na escuridão) sobre o projeto que realizou com crianças de rua, em Maputo, entre 2012 e 2015.

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