(Imagem: Reprodução elfikurten.com.br)
Para muitos, Mia Couto é das maiores referências da literatura moçambicana e da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. A Universidade Politécnica de Moçambique reconhece esse papel influenciador Mia Couto e, na quarta-feira, 02 de setembro, vai atribuir ao escritor o título “Doutor Honoris Causa”.
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A proposta de atribuição do grau de Doutor Honoris Causa a um dos escritores mais importantes do país foi aprovada pelo conselho científico daquela que é considerada maior universidade privada do país. Há informações que dão conta de que o escritor Mia Couto já recusou várias propostas para esse mesmo título no país e no estrangeiro.
– Para nós, é uma honra termos doutorado o artista plástico, Malangatana Valente Ngwenya, e agora vamos fazer o mesmo com Mia Couto – afirmou o reitor da instituição Lourenço do Rosário.
Lembramos que Lourenço do Rosário acabou de ser nomeado para dirigir, na qualidade de presidente, a Comissão Nacional do Instituto Internacional da Língua Portuguesa para Moçambique. O organismo tem como objetivos fundamentais a promoção, a difusão e o enriquecimento da língua portuguesa como veículo de cultura, educação, informação e acesso ao conhecimento científico e tecnológico.
Mia Couto é o autor moçambicano mais traduzido e divulgado no estrangeiro, com uma obra literária extensa e diversificada, incluindo poesia, contos, romance e crónicas. Em 2015, esteve entre os finalistas do “Man Booker International Prize”, um dos mais importantes prémios literários mundiais, numa lista que incluía dez escritores, entre os quais o argentino César Aira, a libanesa Hoda Barakat, Maryse Condé, de Guadalupe, a americana Fanny Howe, o líbio Ibrahim Al-Koni, o húngaro László Krasznahorkai, o congolês Alain Mabanckou, a sul-africana Marlene van Niekerk e o indiano Amitav Gosh.