Em Moçambique, o Município da Matola acolhe, pela primeira vez, o Festival Literário Literatas 2015 que vai juntar cerca de 50 artistas nacionais entre artistas plásticos, actores, músicos e escritores como Ungulani Ba Ka Khossa e Calane da Silva.
A ideia é transformar a autarquia da Matola numa catedral de artes por intermédio do livro, música e artes plásticas. Num projecto que se espera seja uma tradição no circuito cultural daquele município.
A iniciativa é do Movimento Literário Kuphaluxa em parceria com a SóArte Media que escolheram como lema “memória: um museu contemporâneo” com, visa a reflectir, de um modo geral, sobre o papel da literatura nos processos culturais, históricos e sociais do país.
O evento contemplará uma feira de livro, debates, oficinas e encontros literários, exposições, actividades infanto-juvenis, recitais de poesia, espectáculos de música, entre outras durante os dias 23, 24 e 25 de outubro de 2015. Para além de promover a leitura, o Literatas 2015 vai recordar escritores que contribuíram para o desenvolvimento da literatura moçambicana, entre os quais José Craveirinha e o Rui Knopfli, ambos já falecidos.
O festival também vai contar com a participação de 15 instituições públicas e privadas, entre bibliotecas, livrarias, editoras de livros e discos e outras entidades que se dedicam a promoção do livro. No total espera-se a presença de cerca de 50 artistas e uma audiência de cerca de três mil cidadãos.
Durante os três dias estão previstas duas sessões diárias de debates, conferências e mesas redondas com escritores de referência, sessões de teatro e acrobacia no período diurno, feira de gastronomia e concertos musicais durante a noite. Também é esperada a participação do artista plástico João Timana que vai coordenar um grupo de três pintores que vão fazer um quadro gigante que servirá de marca do festival Literatas 2015.
Os escritores Ungulani Ba Ka Khossa e Calane da Silva são alguns dos autores que durante os três dias vão desfilar no Festival Literário Literatas 2015. Estes e outros escritores vão orientar conferências, debates e mesas redondas com os participantes do festival, como forma de contribuir para a promoção do gosto pela literatura, principalmente nas camadas infantis.
Pretende-se que o evento seja uma verdadeira festa do livro, onde os participantes terão a oportunidade de convergir com as outras artes, como pintura, cinema, dança, música e gastronomia, para além de uma área direccionada aos leitores de palmo e meio, as crianças.
Estes dois consagrados escritores de um naipe de 50 artistas que nos três dias vão convergir na Matola, transformando aquele município numa catedral das artes por intermédio dos livros, da pintura e da música.