CulturaMoçambique

Maputo acolhe IX edição do Festival Marrabenta

Dança, música, gastronomia, cor, vida e milhares de pessoas em euforia, em um só lugar enaltecendo o que de melhor se faz em termos de música em Moçambique.

Esta é uma das festas mais esperadas do ano que decorre durante dois dias e junta diversos artistas da marrabenta: ritmo tradicional predominante na zona sul do país.

Trata-se de um festival que decorre anualmente desde 2008, com o objectivo de contribuir para a preservação e promoção da cultura moçambicana.

O evento juntou na íntegra várias gerações de artistas que apostam neste estilo musical que, representa Moçambique pelo mundo fora.

É um festival que está a virar uma tradição da região sul do país. O espectáculo teve início na estacão central dos Caminhos de Ferro de Moçambique e teve seguimento através do comboio que leva grátis a quem quiser acompanhar esta festa, já na Vila de Marracuene.

Jimmy Dludlu, Xidiminguana, Orquestra Djambo, Stewart Sukuma, Projecto Mabulo e os agrupamentos Mozpipa e Galtones foram alguns dos convidados que fizeram o público vibrar.

O evento calha com o momento do amadurecimento da canhú, fruto afrodisíaco usado para produzir uma bebida tradicional denominada “Ukanhy” que é também uma das atracções da festa.

A marrabenta, foi definida por Malangatana (2007), como sendo o concentrado de nos mesmos, sua música, dança, as vidas dos artistas e do público que dela respira.

Pretende-se com este festival, resgatar o gosto pela música acústica, criando debates e reflexões em torno das práticas e comportamentos sociais.

Já no último dia do festival, este escalou a terra natal de um dos embondeiros das artes moçambicanas, Malangatana, que em vida sempre participou activamente deste tipo de eventos.

Ainda na mesma data celebram-se os 121 anos da passagem da Batalha de “Gwaza Muthini”, onde se evoca a resistência anti-colonial do regime português ocorrida em 1895. Um ano após a batalha, as autoridades coloniais portuguesas celebravam esta data em memória dos soldados portugueses mortos, só mais tarde, a partir de 1974 é que Moçambique passou a celebrar a data.

 

 

Leya

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