É já esta quarta-feira que tem início o Festival da Lusofonia de Lisboa, evento inédito que tem como objetivo valorizar a realidade multicultural da capital portuguesa.
Gastronomia, música, moda, exposições, cinema, dança, literatura, debates, festa e muita animação estão prometidas ao longo da programação, que irá de 20 a 25 de maio.
A programação resulta de uma ação conjunta entre a Câmara Municipal de Lisboa, a Conexão Lusófona e a União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa (UCCLA), e conta com a participação de diversas associações lisboetas provenientes do espaço da lusofonia.
As várias organizações que se associaram à iniciativa irão promover múltiplos eventos, como por exemplo uma mostra do Património Imaterial da Humanidade dos países lusófonos. Está ainda prevista uma exposição de pintura e escultura na Junta de Freguesia da Misericórdia- Espaço Santa Catarina.
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Um dos destaques da programação é a segunda edição da festa Noites da Conexão em comemoração ao Dia de África (dia 23, no Clube Ferroviário), que promoverá um rico intercâmbio entre as culturas lusófonas e africanas.
O Festival da Lusofonia de Lisboa terminará com a homenagem à Casa dos Estudantes do Império (25 de maio), que a UCCLA irá promover na Fundação Calouste Gulbenkian, e que contará com a presença dos antigos associados que exerceram funções de Presidente da República ou Primeiro-Ministro, como Fernando França Van Dúnem (Angola), Joaquim Chissano (Moçambique), Jorge Sampaio (Portugal), Mário Machungo (Moçambique), Miguel Trovoada (São Tomé e Príncipe), Pascoal Mocumbi (Moçambique) e Pedro Pires (Cabo Verde).
Durante a coletiva de imprensa que divulgou a programação da semana, o vereador Carlos Manuel Castro sublinhou que o evento que se aproxima é “um casamento feliz” por permitir dar a conhecer muitas das associações de imigrantes do espaço lusófono presentes em Lisboa, “fortemente ativas na nossa sociedade”, ao mesmo tempo que se mostra a “dimensão internacional da lusofonia”. Este “projeto cultural da língua comum” é tanto mais relevante porquanto este ano se cumprem os 40 anos das independências da maioria dos países lusófonos, outra vertente da “história que nos une”, concluiu Carlos Manuel Castro.