Lemos Mamadjã Hipólito Djatá é o nome completo do artista que conquistou a medalha de ouro para a Guiné-Bissau numa exposição coletiva organizada pela Associação da Amizade e das Artes Galego Portuguesa (AAAGP). O evento teve lugar na capital francesa (Paris) durante os dias 19, 20 e 21 deste mês (outubro 2018), mais propriamente na sala de exposições do Le Carrousel du Louvre, situado naquele que é considerado o maior museu do mundo – o Museu do Louvre.
Em declarações à Rádio França Internacional (RFI), Djatá sublinhou que a pintura surgiu na sua vida “num momento muito difícil, quando a Guiné vinha de uma guerra entre o Governo e a então Junta Militar”. No meio da grande carência financeira que vivia, juntamente com a sua família, o artista viu uma forma de ganhar algum dinheiro: depois de um dos seus irmãos ter feito uma escultura com uma cabaça e de o outro a ter conseguido vender, Djatá decidiu tomar a mesma atitude. “Fiz uma caravela”, afirma Djatá à RFI, e a partir desse momento, e também em conjunto com os seus dois irmãos, o artista começou a evoluir dentro do mundo da arte, inclusivamente na pintura.
Autodidata, o pintor guineense nascido em Bafatá define a sua técnica entre o ultra-realismo e cubismo. Nas suas obras retrata o quotidiano de África, desde as suas pessoas até aos seus rituais e costumes. Já participou em mais de quatro dezenas de exposições, coletivas e individuais, não só no continente africano e em Paris, como também em Londres e Portugal. Para conhecer mais obras do autor, consulte a sua página profissional aqui.
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