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Isabel dos Santos é milionária graças ao pai enquanto presidente de Angola, acusa a Forbes

(Imagem: Reprodução NOTV on Vimeo)

 

Ela é apontada pela Revista Forbes como a mulher mais rica do continente africano e, embora a sua marca seja a discrição, nem por isso livra-se dos holofotes. Um dos motivos é a origem da sua fortuna: filha mais velha do presidente angolano José Eduardo dos Santos, Isabel dos Santos tem sido alvo de várias investigações e especulações.

 

Numa investigação assinado por Kerry A. Dolan, uma das responsáveis da lista anual dos milionários, em colaboração com o jornalista e activista angolano Rafael Marques, a revista publicou uma investigação em que alegadamente clarifica a origem da fortuna da empresária angolana. A publicação faz a relação entre a fortuna da Isabel e as desigualdades sociais que o país vive em vários aspectos, como por exemplo, o facto de que 70% da população vive com menos de 2 dólares por dia. Conclui com esta relação que Angola vive num regime de “Cleptocracia”, uma realidade comprovada que é visível em países ricos em recursos naturais idênticos.

 

Segundo a investigação, noticiada com detalhes pelo jornal Público, a sua fortuna provém por tornar-se detentora de grandes partes das de empresas que querem estabelecer-se no país liderado pelo pai ou da providencial assinatura do pai numa lei ou decreto, que facilita e abre portas aos interesses de Isabel dos Santos. O gabinete da empresária desmentiu categoricamente essas informações descredibilizando as acusações e associando a investigação e todo o ativismo de Rafel Marques como patrocinado por “interesses obscuros”.

 

Em entrevista publicada em fevereiro no Wall Street Journal, Isabel dos Santos rejeitou qualquer uso de dinheiro do Estado angolano para seu benefício próprio. O marido da empresária, Sindika Dokolo, ganhou ultimamente grande notoriedade em Portugal com a compra da Casa Manoel de Oliveira, no Porto, que irá utilizar como sede europeia da sua fundação.  Em entrevista ao à revista Sábado, Dokolo afirmou que a Isabel “no mínimo, devia ser tratada com um pouco menos de preconceito e um pouco mais de objectividade”.

 

Para Filipe Fernandes, autor da biografia de Isabel dos Santos,  citado pelo Observador, a origem da sua fortuna justifica-se pelo fato da empresária ter encontrado  alguma consistência nos setores que escolheu: o setor financeiro e a articulação que ela tem que ter porque, “apesar de tudo”, os bancos em Angola têm alguns acionistas portugueses e consequentemente com os meios acionistas internacionais que “sozinha não teria”.

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