O Instituto Superior de Engenharia de Coimbra (ISEC) vai desenvolver um projeto de formação avançada junto dos professores da Universidade de São Tomé e Príncipe (USTP). Engenharia Civil, Eletrónica, Mecânica e Informática serão as áreas das formações, que terão lugar em Coimbra e em São Tomé. Os programas vão iniciar-se a partir de outubro (2019).
Outro dos objetivos desta parceria passa pela qualificação de profissionais na área petrolífera, com a orientação da Agência Nacional do Petróleo. Através de um plano formativo especializado, os técnicos da indústria vão receber várias formações, sendo que as primeiras serão focadas nos processos de soldagem. Em 2021, está previsto o início da atividade de prospeção petrolífera nas águas territoriais de São Tomé, o que indica que as oportunidades de trabalho para a mão de obra local se adivinham crescentes. Por isso, estas formações podem também servir para contribuir na melhoria da economia do país.
O protocolo desta parceria foi assinado por Mário Velindro e Peregrino Costa Sacramento, presidente do ISEC e reitor da USTP, respetivamente. Para atingir as metas delineadas, as instituições irão organizar colóquios, workshops e conferências, além das ações de formação e dos programas relacionados com investigação e desenvolvimento. Esta oferta é direcionada para estudantes, docentes, investigadores e profissionais da área.
Tendo em conta que as áreas de engenharias informática e mecânica são as duas mais procuradas no país africano, o projeto não poderia deixar de focar ambas. O ISEC pretende transmitir aos professores e investigadores de São Tomé o novo modelo de ensino da engenharia: “mais digital, menos passivo, mais dedicado à experimentação e à inovação, com maior estímulo à criatividade”, assinalou o presidente do instituto em comunicado.
Também será implementado um programa de iniciação à informática, direcionado para estudantes do ensino básico. Segundo as considerações de Mário Velindro, “o ISEC vai ajudar a USTP a passar essas competências digitais aos mais novos desde muito cedo, envolvendo nessa aposta toda a sua comunidade académica”. Para já, as previsões apontam para que pelo menos 500 crianças sejam impactadas por este programa.