Em Cabo Verde, a ilha de Santa Luzia – uma reserva natural desabitada ao norte do país – registrou mais de 5500 novos ninhos de tartarugas marinhas em 2018. A última vez que houve um número tão alto foi em 2012, com 2000 ninhos. O número é importante para garantir o repovoamento de tartarugas na região, que estão em risco de extinção.
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Santa Luzia, Ilhéu Branco e Ilhéu Raso são três ilhas que, em conjunto, “representam uma amostra singular de um ecossistema frágil, repleto de endemismos e espécies ameaçadas, que necessitam de instrumentos de protecção que sejam exequíveis e eficazes”, afirma o setor de Áreas Protegidas de Cabo Verde, ligado ao Ministério do Ambiente, Habitação e Ordenamento do Território.
A informação sobre o aumento de ninhos foi complementada pela bióloga Patrícia Rocha em entrevista à rádio Morabeza. Ela destacou que isto não pode significar que seja possível reabrir uma época de apanha de tartarugas. Na verdade, o ano anterior foi especial, pois comportou características exclusivas como maior disponibilidade de alimentos, o que garantiu energia às tartarugas e a possibilidade de nadar de volta até as ilhas para desovar. Além dos ninhos, foram também registrados 11000 rastros, que simbolizam quando as tartarugas sobem para a areia mas não necessariamente colocam ovos. O número também é considerado alto.
Confira a íntegra da entrevista: