(Imagem: Reprodução Geledes)
Os Servições de Informações Estratégicas de Defesa (SIED) estão a investigar agentes e chefias da Polícia de Segurança Pública (PSP), por alegadas ligações destes a movimentos de extrema-direita, como os Hammerskins e o Partido Nacional Renovador (PNR).
O Ministério da Administração Interna já instaurou processos a nove agentes, incluindo o chefe de esquadra da PSP da Cova da Moura, investigados no âmbito do inquérito que está a decorrer por queixas de violência policial, discriminação racial, injúrias e mesmo tortura, por parte de seis jovens portugueses de ascendência africana, na sequência dos incidentes ocorridos em fevereiro naquele mesmo bairro.
Suspeita-se ainda que os agentes em causa tenham prestado falsos depoimentos, e que a sua atuação na Cova da Moura tenha sido motivada por ódio racial.
(Imagem: Reprodução Global Voices)
“Vocês africanos têm de morrer”, “Têm sorte que a lei não permite ou seriam todos executados” ou ”Deviam alistar-se no Estado Islâmico” são algumas das frases que constam nos depoimentos dos seis jovens, e que estes dizem ter ouvido da boca dos agentes, após as agressões, enquanto estes os mantinham detidos na esquadra da PSP de Alfragide.
(Imagem: Reprodução Publico)
Fontes da PSP contactadas pelo Diário de Notícias, confirmam que alguns dos seus elementos são de afetos a grupos e iniciativas de extrema-direita, mas alegam não ter intervindo anteriormente por se tratar de uma questão do foro privado desses mesmos agentes.
Anabela Rodrigues, Ministra da Administração Interna, mandou suspender preventivamente os nove agentes em causa, dada a gravidade da situação.