Quem assim o diz é mais uma investigação do ”Jornal Público” na sua recente edição sobre o ”racismo à portuguesa”.
Num texto assinado por Joana Gorjão Henriques, é denunciado que em dez anos, 20% das queixas à Comissão contra a Discriminação Racial foram sobre situações laborais. Em circunstâncias iguais no emprego, há preferência pelos brancos, mostram estudos.
Dos doze entrevistados aleatoriamente, de várias idades e de ambos os sexos, praticamente todos identificam a existência de racismo em Portugal. Nove reconhecem que há vantagens em ser branco, e vários associam essa vantagem ao emprego. Justificam: um negro “tem mais dificuldade em arranjar emprego”, “se houver um branco é ele o escolhido”.
Na verdade, as respostas neste breve exercício revelam uma percepção das desigualdades que não foge à realidade dos números: as posições na hierarquia profissional da população portuguesa e dos Países de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) são desiguais.
Em 2015 o desemprego era de 33% para os cidadãos de países africanos e de 12,4% para os portugueses. Leia o texto completo aqui.