O presidente da Guiné-Bissau afirmou esta quinta-feira (12 de maio) que “demitir o Governo e iniciar um processo de audição às forças políticas” é a única solução para a crise institucional no país.
Numa comunicação hoje ao país, José Mário Vaz comentou a crise política no país, que opõe o Governo, liderado pelo Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), ao chefe de Estado.
Poucas horas depois, um decreto presidencial demitiu o governo liderado por Carlos Correia.
“O Governo não dispõe de apoio maioritário” no parlamento, justifica o decreto, que acrescenta “não haver condições financeiras e ser desaconselhado” avançar para eleições, pelo que “é demitido o Governo”.
O chefe de Estado acusa ainda o Governo de obstruir, “de forma reiterada e censurável, o cumprimento de decisões judiciais”, bem como a ação do Ministério Público.
José Mário Vaz espera agora que o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), vencedor das eleições de 2014, proponha perante os restantes partidos um novo executivo capaz de reunir os deputados em torno de “compromissos políticos” que garantam a estabilidade até ao final da legislatura.