Fracassou na última sexta-feira (5 de fevereiro) mais uma tentativa de mediar a crise política em Bissau. Pela terceira vez, o presidente do país não conseguiu reunir consensos.
O Presidente guineense, José Mário Vaz, havia pedido à direção do Parlamento, ao Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC, no poder), ao Partido da Renovação Social (PRS) e ao grupo dos 15 deputados expulsos do hemiciclo que se apresentassem, na sexta-feira, numa reunião no Palácio da República, com propostas concretas para a saída da crise que se arrasta desde dezembro.
Segundo a agência Deutsche Welle, tanto a direção da Assembleia Nacional Popular (ANP) como a direção do PAIGC no poder recusaram-se a sentar à mesma mesa que os 15 deputados, porque não os consideram representantes de nenhuma instituição da República.
Assim, a situação de impasse político que se vive na Guiné-Bisssau mantém-se, com cada vez mais pressão sobre o presidente guineense a tomar urgentemente uma posição para ultrapassar o diferendo. Observadores temem que, neste momento, não haja outra alternativa senão demitir o Governo ou dissolver o Parlamento.