Apesar de serem mais de metade da população do país, as mulheres são poucos representadas nas esferas de decisão na Guiné-Bissau. Embora seja notório um ligeiro aumento de mulheres eleitas para cargos políticos.
A lei de quotas para mulheres tornou-se assim um assunto crucial, tendo sido fomentado pela Plataforma Política das Mulheres, juntamente com outras organizações de mulheres apoiadas pelas Nações Unidas, União Europeia e outras Organizações Internacionais.
Após discussão,a Lei foi aprovada por unanimidade pelos 81 deputados presentes que uniram-se para garantir representação política equilibrada entre homens e mulheres. Segundo as Nações Unidas, o país faz agora parte do grupo de mais de 80 países que adoptaram medidas correctivas e temporárias para fazer avançar a participação das mulheres na política e nas esferas de decisão do país.
Carmelita Pires, advogada e ex-ministra da Justiça guineense salientou num artigo de opinião publicado na Rádio Jovem:
Sem dúvida que é uma iniciativa inovadora e progressista, no sentido de REFORÇAR O PAPEL DA MULHER NA SOCIEDADE.
Tudo indica que a lei entra em entra em vigor antes das próximas eleições legislativas, marcadas para 18 de novembro de 2018, e a ONU Guiné-Bissau e parceiros já elaboraram um plano robusto de capacitação e apoio às mulheres activistas e às potenciais candidatas às próximas eleições.