Grandes ideias: uma rede de vizinhos para enfrentar problemas sociais em Lisboa
Desenvolvido pela Fundação Calouste Gulbenkian, O nosso km2 é um projeto que há dois anos contribui para a construção de uma comunidade participativa e atuante na freguesia das Avenidas Novas, em Lisboa, e busca criar redes de proximidade e vizinhança para resolver os problemas sociais existentes.
A ideia é promover o espírito de vizinhança, redes afetivas e redes de confiança, que incluam as organizações, as empresas e as pessoas que vivem nesta zona, ajudando as pessoas e as organizações a resolverem os seus próprios problemas, através da partilha de informação e de recursos existentes no mesmo território.
– É dentro das comunidades que se vai encontrar uma boa parte das soluções para a resolução dos problemas sociais – explicou à agência Lusa Luísa Valle, responsável pelo projeto.
Segundo a coordenadora, os principais problemas identificados na região estão a solidão da população idosa, o desemprego jovem e o feminino, além do insucesso escolar.
Para os idosos, o projeto tem desenvolvido apoios no âmbito da segurança e das acessibilidades, assim como na organização de iniciativas de cultura e lazer.
Em relação ao desemprego, estão a ser aproveitados os recursos de universidades e de outras entidades da freguesia para desenvolverem formações para complementar as habilitações das pessoas desempregadas, particularmente de jovens e de mulheres, tentando “combinar necessidades de pessoas que estão desempregadas com necessidades de entidades que estão à procura de mão-de-obra” dentro deste território.
Já quanto ao insucesso escolar, a responsável pelo projeto sublinhou que existem na freguesia dois agrupamentos escolares, um dos quais é o Agrupamento de Escolas Marquesa Alorna que integra o programa Territórios Educativos de Intervenção Prioritária (TEIP), por existirem “problemas muito graves ao nível comportamental e ao nível do insucesso” dos alunos.
Luísa Valle frisou que é importante melhorar o desempenho escolar das crianças, caso contrário “é todo o futuro delas que está hipotecado”.
Para ajudar a identificar a rede de instituições presentes na região, o portal do projeto disponibiliza um mapa colaborativo.
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