Governo timorense quer popularizar a língua portuguesa no país
No momento da independência timorense, o português, que foi proibido durante a ocupação indonésia, era falado por apenas 5% da população, no entanto Timor-Leste reinstaurou o português como língua oficial após a independência em 1999, como consequência, o país se juntou, em 2002, à Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
Até o presente, esforços para popularizar o português têm sido lentos, mas a preocupação de contornar essa realidade está latente no seio governamental. O governo timorense está reforçando os mecanismos para trabalhar com os seus parceiros lusófonos para “popularizar, democratizar e descentralizar o ensino da língua portuguesa por todo o território, segundo declarou António da Conceição, ministro da Educação timorense.
Em entrevista à agência Lusa, António da Conceição reconhece existir dificuldades, mas considera existir uma perceção distorcida sobre a dificuldade natural de aprendizagem da língua. O ministro enfatizou ainda a necessidade de corrigir “a percepção” de que é um idioma difícil, já que a maior parte do vocabulário do tétum — língua nacional e co-oficial de Timor-Leste — é ‘importado’ da língua portuguesa.
Neste sentido, o Parlamento Nacional timorense anunciou que deve “duplicar ou triplicar” o número de professores dos países lusófonos para a formação dos seus docentes no país, no intuito de promover os “interesses e vantagens” económicas de aprender português, alargar o seu ensino a todo o país e complementar a formação com o uso da língua em todos os domínios da sociedade.
– O desenvolvimento da língua portuguesa é responsabilidade do Estado mas requer esforço social mais amplo, que se estende às famílias, igreja, instituições privadas, órgãos de comunicação social e comunidade em geral – finalizou António da Conceição, recordando que na sua opinião, aprender a língua portuguesa deve constituir “dever patriótico” para todos os timorenses.
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